É
uma região de serras, situada no centro do Estado brasileiro
da Bahia,
onde nascem quase todos os rios
das bacias do Paraguaçu,
do
Jacuípe
e do Rio
de Contas.
Essas correntes de águas
brotam nos cumes e deslizam pelo relevo em belos regatos, despencam
em borbulhantes cachoeiras
e formam transparentes piscinas naturais. O parque nacional é
administrado pelo Instituto
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A
vegetação é exuberante, composta de espécies da caatinga
semi-árida e da flora serrana, com destaque para as bromélias,
orquídeas
e sempre-vivas.
As
rochas da Chapada Diamantina fazem parte da unidade geológica
conhecida como Supergrupo Espinhaço, que tomou este nome por ocorrer
na serra
do Espinhaço,
no estado de Minas
Gerais.
Apresenta-se em geral como um altiplano extenso, com altitude média
entre 800 e 1.200m acima do nível do mar. As serras que compõem a
Chapada Diamantina abrangem uma área aproximada de 38.000 km² e são
as divisoras de águas entre a bacia
do rio São Francisco
(rios S. Onofre, Paramirim) e os rios que deságuam diretamente no
oceano
Atlântico,
como os rios de Contas e Paraguaçu. Nesta cadeia de serras são
encontrados os picos mais altos da Bahia, sendo o pico do Barbado com
2.033m, o ponto culminante de todo o nordeste.
A
Chapada Diamantina nem sempre foi uma imponente cadeia de serras.
Há cerca de um bilhão e setecentos milhões de anos, iniciou-se a
formação da bacia
sedimentar
do Espinhaço, a partir de uma série de extensas depressões
que foram preenchidas com materiais expelidos de vulcões,
areias
sopradas pelo vento
e cascalhos
caídos de suas bordas. Sobre essas depressões depositaram-se
sedimentos
em uma região em forma de bacia, sob a influencia de rios,
ventos e mares.
Posteriormente, aconteceu um fenômeno chamado soerguimento,
que elevou as camadas de sedimentos acima do nível
do mar,
pressionada pela força
epirogenética,
tendo aos pouco um sofrível erguimento ao longo de milhões de anos.
As inúmeras camadas de arenitos,
conglomerados,
e calcários,
hoje expostas na Chapada Diamantina, representam os depósitos
sedimentares primitivos; a paisagem atual é o produto das atividades
daqueles agentes ao longo do tempo
geológico.
Nas ruas
e calçadas
das cidades da Chapada, lajes
de superfícies onduladas revelam a ação dos ventos e das águas
que passavam sobre areais antigos.
Alguns
atrativos naturais causam espanto e êxtase, como a Cachoeira
da Fumaça
e seus 380 metros de queda livre ou o deslumbrante Poço
Encantado.
Mas são tantas as atrações que se pode optar entre visitar grutas,
tomar banho de cachoeira, fazer trekking
em antigas trilhas de garimpeiros, montar a cavalo ou praticar
esportes e aventuras. A Chapada abriga, em seus vales e cumes,
comunidades esotéricas e alternativas como no Vale
do Capão.
Os dois pontos mais altos da Bahia
estão na Chapada: o Pico
do Barbado
com 2.033 metros (o mais alto do nordeste)
e o Pico
das Almas
com 1.958 metros.
Caminhar
respirando o ar puro e admirando a paisagem é a principal opção
dos turistas de todas as partes que visitam a Chapada. Os lugares
verdejantes guardam sempre uma surpresa com águas cristalinas ou
areias coloridas, belos morros, flores e hortaliças que encantam
pela beleza e viço. Em Igatu,
a curiosidade se aguça em meio às ruínas da cidade fantasma,
construída com pedras que formam as paredes de pequenas grutas. Em
Capão
da Volta
o "morro da igrejinha" é um dos lugares mais visitados,
por católicos e todos que apreciam a beleza da Chapada.
LENÇÓIS
A
cidade de Lençóis está a 394 metros de altitude. Fica localizada
na Chapada
Diamantina e
é famosa por ser o principal destino turístico da região. É
considerada o coração da Chapada. Os amantes da natureza têm
Lençóis como um destino obrigatório.
De
1980 até 1994 o turismo
na cidade ainda estava "engatinhando". Nesse período, o
perfil do turista que visitava Lençóis era de pessoas novas - até
25 anos - que ficavam em média 2 dias hospedados na cidade. Eram os
chamados "Mochileiros".
Atualmente, a cidade conta com uma ótima
infraestrutura para absorver a demanda do turismo. Visitam Lençóis
cerca de 120.000 turistas por ano, que ficam em média 8 dias na
cidade.
Em
2010, pela quarta vez consecutiva, Lençóis foi considerada um dos
10 melhores destinos turísticos do Brasil, e também foi eleita o
melhor destino ecoturístico
do Brasil.
PRATINHA E GRUTA AZUL
Localizada dentro da Fazenda Pratinha, a gruta
é inundada por águas azuis transparentes. Mais do que apreciar o
cenário em terra firme, vale fazer uma flutuação na parte interna
da Pratinha - basta alugar colete, máscara, snorkel e lanterna e
seguir o guia, que vai na frente do grupo em um bote inflável,
mostrando o caminho pelo túnel escuro. Lá dentro, peixes e
formações rochosas são avistados com o auxílio das lanternas.
Mas o melhor ainda está por vir: na saída da gruta, já com
luz natural, milhares de peixinhos dão os parabéns aos corajosos em
meio à rica vegetação aquática. A gruta termina em um imenso lago
de águas azuis, que mais parece uma praia. Por ali, a pedida é
fazer uma tirolesa de 85 metros, a 12 metros de altura; nadar e andar
de caiaque.
Na mesma propriedade fica a Gruta Azul um lago
translúcido que ganha tons azulados entre 14h e 15h (de abril a
setembro), quando um feixe de sol invade uma abertura na rocha. A
refração permite visualizar o fundo da caverna, que chega a 70
metros. Por conta da profundidade, é fechada para mergulho e
flutuação
MUCUGÊ
A cidade de Mucugê é uma das mais antigas da
região da Chapada Diamantina(Bahia), fundada no fim do século XVIII
o local tem como característica marcante os antigos casarões
coloniais de estilo português.
Atualmente
Mucugê vive de duas atividades econômicas: do turismo,
graças às suas montanhas, cânions e belíssimas cachoeiras, e do
agronegócio.
A cidade abriga o Parque Municipal de Mucugê (
Projeto Sempre Viva ) – sua área é de 270 ha . O Parque Municipal
de Mucugê trabalha com várias atividades tais como: pesquisa em
parceria com a Universidade Estadual de Feira de Santana ( UEFS )
para a reprodução de uma espécie endêmica de sempre viva (
Syngonanthus mucugensis A.Giulietti ) que está muito ameaçada de
extinção.
A 1.120 metros de altitude, o morro do Pai
Inácio descortina a mais bela vista panorâmica da Chapada. São 360
graus de paisagem de tirar o fôlego, ainda mais ao pôr do sol. Uma
subida íngreme de 300 metros - que já descortina cenários
fantásticos -, vencida em vinte minutos, leva ao topo do
cartão-postal, que fica na cidade de Palmeiras, a 22 quilômetros do
centro de Lençóis. Impossível não se sentir em paz em meio ao
silêncio, ao vento e ao visual, contornado por imensas formações
rochosas.
Escalando os 400 m de trilha que liga o fim do
asfalto ao topo do morro do Pai Inácio. Do seu pico, que fica a
1.150 m acima do nível do mar, avista-se a Serra do Sincorá, a
Serra da Bacia e a Serra da Chapadinha. Ele está localizado cerca de
30 km a partir do centro de Lençóis. São 5 h de caminhada. Do alto
deste mirante natural, tem-se uma visão de 360 graus da paisagem,
que torna-se ainda mais encantadora ao sol poente. O perfil das
serras verde-azuladas se confunde com nuvens douradas, o vento é
muito frio e completa a sensação de estar no topo do mundo. O nome
do morro deve-se a uma lenda existente na região. Segundo ela, um
escravo, Inácio, apaixonou-se pela esposa de um poderoso coronel.
Quando um dia ele descobriu o romance, mandou pistoleiros no seu
encalço. Inácio foi encurralado no alto dessa montanha, e não
tendo como escapar, saltou com a sombrinha da amada. Conta-se que
muitos conseguiram ver Pai Inácio correndo entre os vales para nunca
mais voltar.
CACHOEIRA DA FUMAÇA
Está localizada entre os municípios de
Lençóis e
Palmeiras,
no estado
da Bahia.
A queda
d'água está incrustrada na Chapada
Diamantina, e possui 340 metros
de altura, sendo a segunda maior do Brasil,
menor apenas que a Cachoeira
do El Dorado, no Amazonas.
Recebeu esse nome porque pela altura da queda, a água
evapora-se,
formando um panorama
visual como se fosse fumaça.
Entretanto, dependendo da estação,
pode estar completamente seca.
Existe uma
trilha saindo de
Lençóis com duração de três dias,
pela qual se é possível visitar o poço
onde cai a cachoeira, essa mesma trilha passa pelo topo da cachoeira,
antes de chegar ao Vale
do Capão, um vilarejo da Chapada Diamantina que pertence ao
município de Palmeiras.
É altamente desaconselhável entrar nessa trilha sem o
acompanhamento de um guia.
POÇO DO DIABO
São necessários apenas 15 minutos de
caminhada fácil para mergulhar no poço, que termina em um cânion
estreito. O local é freqüentado também pelos adeptos do rapel e da
tirolesa. O acesso é pela BR-242 (direção Seabra), Km 22.
Situada na Fazenda Pratinha, próxima ao
município de Iraquara e com a mesma água transparente e azul dos
poços Encantado e Azul, o lago da gruta Azul fica escondido sob as
raízes aéreas de uma árvore da fazenda e tem comunicação com o
Rio Pratinha. Para chegar até ela há uma pequena, mas íngreme
descida. O banho na gruta não é permitido.
Já na Gruta do Rio
Pratinha, o mergulho é permitido. A observação das formações
rochosas e dos peixes é a principal atração. Vale dizer que a
flutuação é uma espécie de mergulho feita com colete salva-vidas,
pé de pato e snorkel, sempre em grupos e acompanhada por guias
treinados e qualificados em espeleomergulho com certificação
internacional para mergulhos em cavernas. Uma das curiosidades dessa
lagoa são os micro búzios, ou o que o restou deles. Parte dessas
minúsculas conchinhas que forram o leito do rio foi pisoteada e
destruída. As plantas aquáticas, antes abundantes no rio Pratinha,
também sofreram interferência humana. Atualmente, o rio mais parece
uma piscina.
A Torrinha não é a maior caverna do Brasil,
mas é uma das mais completas, considerando-se a riqueza e
diversidade de seus espeleotemas. No último levantamento da
Sociedade Brasileira de Espeleologia, de 1994, a Torrinha aparece
como a 13º maior do país, com 8.210 metros. No entanto, atualmente
já há 13.300 metros mapeados, o que a colocaria em sétimo
lugar.
Descoberta em 1850, a caverna Torrinha fica em uma
propriedade particular em Iraquara. O atual proprietário e zelador
da caverna, Eduardo Figueiredo da Silva, 45, conta que, na época,
seu bisavô percorreu apenas 600 metros, trecho que corresponde ao
primeiro dos três roteiros.
Antes de entrar na Torrinha os
visitantes recebem um capacete e orientações sobre o comportamento
dentro da caverna. Não falar alto, não correr e não mexer nas
formações são os principais pedidos.
POÇO
AZUL
Aqui o luxo é poder banhar-se nas águas
cristalinas. O azul vivo da água deve-se à luz que vem do sol. O
atrativo pertence ao município de Nova Redenção e para visitá-lo
é necessário pagar taxa de entrada. O lugar possui restaurante,
estacionamento e loja de artesanato.
MAPA DA CHAPADA DIAMANTINA